Maputo, 17 Jun (AIM) – AS autoridades sanitárias pedem uma maior colaboração das Organizações da Sociedade Civil, (OSC) que trabalham em várias temáticas ligadas à saúde, para um maior engajamento na prevenção e erradicação da malária, sobretudo na região sul do país.
A renovação foi feita esta terça-feira (17) em Maputo, durante a realização do workshop nacional sobre o papel das Organizações Da Sociedade Civil na Eliminação da Malária.
“O funcionamento depende também da supervisão, da participação da sociedade civil e do reconhecimento de que os esforços para a eliminação da Malária, sobretudo na região sul do país, depende também da participação da sociedade civil”, disse o Chefe do Departamento Central de Cuidados de Saúde Primários no Ministério da Saúde, Eusébio Chaquisse
De acordo com a fonte, a malária é uma das principais causas de morte, embora na região sul do país este indicador mostre cada vez mais melhorias.
Explicou que as mudanças climáticas têm contribuído para a prevalência da doença em alguns pontos do país.
“Temos estado, nos últimos dias, nos últimos meses, a ter alguns focos em algumas epidemias na cidade de Maputo e em zonas onde nós tínhamos o controlo, naturalmente por causa de algumas mudanças climáticas, e a malária depende muito destes factores”.
Entretanto, reforçou que o posicionamento da OSCs, perante a epidemia na região sul do país, é de extrema relevância para a sua eliminação.
“A região sul do país está muito próxima e pensamos que a eliminação da malária na região sul do país, depende da maneira como é que nós nos posicionamos e como é que a sociedade civil participa”.
Sublinhou que há um esforço do Governo, mas também quer que a Sociedade Civil, participe para o alcance daquilo que é o desejável, “que é estarmos livres da malária”.
“Sabemos de que precisamos de trazer intervenções combinadas para que, de facto, possamos alcançar sucesso daquilo que desejamos, primeiro como país, segundo como região”.
A fonte afirmou que o país esta numa fase de controlo em algumas zonas, sobretudo na região sul.
“E neste sentido houve, na semana passada, uma visita na região do sul, concretamente na província de Maputo, uma equipa técnica que foi para visitar alguns locais para ver, na verdade, o que é que está sendo feito em relação ao controle da Malária”.
Segundo a presidente da Plataforma da Sociedade Civil Para Saúde e Direitos Humanos em Moçambique (PLASOC-M), Gilda Jossias, só no primeiro trimestre do ano passado o país registou 6,2 milhões de casos de malária e o número de óbitos provocados baixou para 196.
“Dados indicam que no primeiro semestre de 2024, Moçambique registou 6,2 milhões de casos de malária em 2024ˮ.
Disse ainda que o número de óbitos provocados pela doença baixou para 196.
“No entanto, a malária continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública, condicionado em parte pelo desenvolvimento económico do país”
A presidente da PLASOC – M manifestou a sua preocupação com a retirada do financiamento que, segundo ela, constitui um grande desafio na actualidade.
“E actualmente temos os grandes desafios, que é a retirada do financiamento do governo americano e, agora um novo cenário que vai nos colocar no declive daquilo que são os ganhos conseguidos na malária com a reprogramação, redução do financiamento do fundo global”.
Reiterou o compromisso de reforçar o papel da sociedade civil na vigilância, mobilização comunitária e educação em saúde.
“E neste sentido, promover o envolvimento das organizações da sociedade civil na detenção precoce e encaminhamento de casos, identificar boas práticas e desafios comunitários, melhorar a adesão das comunidades às medidas de prevenção e tratamento, propor campanhas de sensibilização apropriadas à realidade local”.
O workshop contou com a participação de 45 pessoas de diferentes segmentos, governos, sociedade civil, parceiros e líderes comunitários, para partilhar de experiências, através de boas práticas na eliminação da malária que constitui um desafio na saúde pública.
A reunião visa promover a transparência, responsabilidade, colaboração regional e o envolvimento das comunidades lideradas por OSC no combate à malária, HIV e tuberculose, especialmente na região sul de Moçambique.
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