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O Presidente da República, Daniel Chapo, desafia o novo director geral do Serviço de Informação e Segurança de Estado (SISE), José Pacheco, a adequar a instituição com vista a combater as ameaças actuais contra a segurança do Estado, com destaque à criminalidade organizada e transnacional, o terrorismo, infiltrados no aparelho do Estado entre outros.
Segundo Chapo, Pacheco toma posse num contexto adverso e desafiante em que as ameaças contra a segurança de Estado são cada vez mais complexas e mutáveis a nível global, continental, regional, por isso, a necessidade de reforçar a capacidade de direcção ao nível dos serviços.
“O crime organizado é uma das maiores preocupações dos Estados e visam prioritariamente por em causa a paz social, pois esses criminosos para atingir os seus intentos, infiltram-se nas instituições chaves do Estado e actuam dentro do próprio Estado”, disse.
Explicou que actualmente existem infiltrados em vários sectores, incluindo emissão de certidões de nascimento, bilhete de identidade, passaporte que são documentos de identificação nacional que apenas cidadãos de nacionalidade moçambicana originária ou adquirida nos termos da lei deveriam ter acesso dai a falsificação de documentos subsequente de todos documentos a eles associados como NUIT, carta condução e passaporte.
Chapo referiu que urge combater o terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado, bem como o financiamento às organizações anti-democráticas e subversão, a manipulação da população, para criar desordem social, auto intitulados naparamas, ataques cibernéticos, tráfico de drogas, pessoas e outros crimes transnacionais e branqueamento de capitais.
“Sendo assim, esses tipos de ameaças demonstram abordagens que não se podem combater exclusivamente com técnicas e abordagens tradicionais de inteligência e contra inteligência, por isso, não devemos ser apenas reactivos no mundo do crime, pois vale mais prevenir do que remediar”, disse.
Sublinhou que Pacheco é experimentado nas lides de governação desde nível local, distrital, prevenção e central, incluindo nas Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Entre 2005 à 2009, desempenhou às funções de ministro do Interior, participava em vários encontros no Conselho Nacional de Defesa e Segurança, comando conjunto e comando operativo.
“O curriculum vitae do empossado, acrescido às valências que acumulou ao longo da sua brilhante carreira profissional, associado aos resultados alcançados nas várias missões incumbidas, transmite-nos a experiência de que o SISE estará a altura de cumprir com seu desiderato com excelência a sua missão nesta era bastante desafiante para a segurança do Estado, não só moçambicano, mas a nível da região, continente e do mundo.
Pacheco, por seu turno, agradeçeu a confiança que lhe foi depositada pelo Chefe do Estado.
“A nossa postura será sempre ter os interesses de Moçambique acima de qualquer outro quer seja individual ou alheio. Dedicaremos todas as nossas capacidades para que o SISE esteja a altura das dinâmicas económicas, sócio culturais e políticas que caracterizam a actualidade do nosso país tendo sempre em vista para que esses fenómenos possam conviver de forma harmoniosa”, disse.
Disse ainda que irá contribuir para que o slogan “Moçambique tem tudo para dar certo”, seja uma realidade no país.
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