Os casos de conflito homem e fauna bravia reduziram este ano, no distrito no distrito de Tambara, província de Manica, centro de Moçambique.
Com efeito, este ano, pelo menos sete pessoas foram atacadas por crocodilos e hipopótamos nas margens do rio Zambeze e nas lagoas, contra 10 de igual período do ano passado (2024).
As vítimas, segundo as autoridades administrativas do distrito, deslocaram-se ao rio e lagoas à procura de água para as actividades diárias e higiene pessoal.
No entanto, a redução de casos nos primeiros cinco meses do ano em curso deve-se à abertura de novas fontes de água em algumas zonas consideradas problemáticas.
Outras fontes estão em reabilitação para garantir o fornecimento do precioso líquido a população, principalmente os que residem em zonas rurais.
Parte dos conflitos registaram-se nas margens do rio Zambeze e outros cursos de água.
Em algumas lagoas também houve ocorrência de ataques por animais, sobretudo aquáticos como é o caso de crocodilos e hipopótamos.
O administrador do distrito de Tambara, Mário Doa, explicou, recentemente, que, no primeiro trimestre deste ano, pelo menos sete pessoas foram atacadas por crocodilos nas margens do rio Zambeze e numa lagoa, algumas das quais contraíram ferimentos graves e outras ligeiros.
“Outras pessoas ficaram com deficientes permanentes devido ao ataque por aqueles animais”, disse a fonte.
Doa falava num breve contacto com a AIM, onde explicou que, dentre as vítimas, também existem crianças que sofreram quando se encontravam a tomar banho nas margens do rio Zambeze.
“Tivemos um caso de um menor que perdeu a vida depois de ter sido atacado por um crocodilo, quando tentava atravessar uma lagoa juntamente com a sua irmã. Outros casos foram registrados nas margens do rio Zambeze. As vítimas estavam a tomar banho e foram atacadas pelos répteis” disse.
“A redução de casos resulta da adopção de medidas concretas que visam minimizar a ocorrência de ataques por crocodilos. Estamos a abrir mais fontes alternativas de abastecimento de água em algumas comunidades rurais. Também ocorrem acções de sensibilização à população sobre o perigo de permanecer nas margens dos rios e em zonas de ocorrências de ataques por crocodilos, bem como em locais identificadas como sendo de alto risco”.
O administrador referiu que, no princípio, a população não estava a acatar as recomendações dadas pelas autoridades administrativas locais.
Todavia, nos últimos dias, a população aceita recorrer a outras fontes de abastecimento de água construídas pelo governo e parceiros.
“Temos água em zonas altas. Aqui, na sede do distrito, a população tem água 24 horas por dia. Para nós, isso é um ganho importante. A população já não vai ao rio ou a outras zonas de perigo para fazer a sua higiene individual ou mesmo outras actividades do dia a dia. O que estamos a fazer é assegurar que estejam garantidas as condições nas comunidades para que a população tenha água e conviva pacificamente com a fauna bravia”, explicou.
O distrito de Tambara, localizado a norte da província de Manica, tem 64.778 habitantes, três postos administrativos e oito localidades.
É um distrito semi-árido e parte da população dedica-se à actividade agrícola nas margens do rio Zambeze e outros pequenos cursos de água. Também é potencial na criação de animais de pequeno porte, com destaque para o gado caprino.
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