O Parque Nacional do Zinave (PNZ), no distrito de Mabote, província meridional de Inhambane recebeu esta segunda-feira (16), mais 10 novos rinocerontes pretos, incluindo cinco machos e igual número de fêmeas.
Os animais são provenientes da província sul-africana de KwaZulu-Natal, fruto de uma doação da Ezemvelo KZN Wildlife.
A espécie é considerada criticamente ameaçada e agora encontra um novo habitat, e a sua reintrodução reforça o programa de recuperação ecológica em curso desde 2016.
Os rinocerontes entram no projecto de restauração do ecossistema do Parque do Zinave através da reintrodução de populações viáveis de fauna bravia, num número de 2.540 animais introduzidos, de 16 espécies diferentes.
A iniciativa é coordenada pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), em parceria com a Peace Parks Foundation, com o apoio financeiro dos contribuintes da UK People’s Postcode Lottery.
Segundo um dos gestores do parque, Pejul Calenga, a chegada dos rinocerontes representa mais uma etapa na construção de um produto turístico sólido nas áreas de conservação moçambicanas.
Calenga aproveitou a ocasião para convidar turistas nacionais e estrangeiros a visitarem o Parque de Zinave, bem como o empresariado nacional, para mobilizar recursos necessários para investir no parque.
Outro gestor do parque, António Abacar referiu que, o PNZ arrecadou 25 mil dólares em receitas durante 2014, registando o melhor resultado desde o início da sua recuperação ecológica em 2016.
“Foi uma receita na ordem de 1,4 milhão de meticais, o melhor de todos desde 2016”, destacou, atribuindo o crescimento aos frutos do trabalho de restauração ambiental.
“O aumento de receitas resulta de cerca de 1.200 visitas ao longo do ano, reflexo do êxito da reintrodução de fauna e da melhoria do habitat após anos de degradação provocada por factores climáticos e conflitos armados”, acrescentou.
Actualmente, o PNZ é o único parque moçambicano que alberga os “Big Five”, elefante, rinoceronte, leão, búfalo e leopardo, o que lhe confere forte poder de atracção.
Crocodilos, girafas, porcos-bravos, cabritos-do-mato, hipopótamos, impalas, cudos, inhá-las, oribes, changos, pivas, bois-cavalo e zebras completam o catálogo de espécies observáveis.
Com 408 mil hectares de extensão, o parque regista mais de 200 espécies arbóreas e outro tanto de gramíneas, constituindo um santuário da biodiversidade nacional.
Requalificado após os efeitos da guerra civil, o Zinave afirma-se, segundo Abacar, como “símbolo de esperança para a conservação ambiental e para o desenvolvimento do ecoturismo em Moçambique”.
Dados oficiais indicam que o país possui actualmente 12 parques nacionais e áreas protegidas, acolhendo cerca de 5.500 espécies de flora e 4.271 de fauna terrestre.
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